Presente em duas ou quatro rodas, dependendo do veículo, as pastilhas estão na ponta do sistema de freio e são as principais responsáveis por seu carro parar com segurança. Mas você se sabe quando trocá-las e quais sinais indicam que a peça está gasta? Elas devem passar por constantes verificações para não falharem quando mais se precisa.
As pastilhas fazem as rodas pararem devido ao contato com o disco de freio. A duração está diretamente ligada à forma de uso. Se for um carro que transita frequentemente dentro de cidades, onde é necessário frear constantemente em engarrafamentos, cruzamentos ou sinais fechados, elas serão gastas em menos tempo. A recomendação de fabricantes como a Fras-le é observar o que diz o manual do proprietário, mas sempre nas revisões é indicado que se avalie como está o sistema.
Alexandre Roman, engenheiro de projetos da Fras-le, aponta algumas associações que podem indicar ao condutor que as pastilhas precisam ser verificadas. “O motorista pode perceber que o veículo está demorando mais para frear ou ter um sentimento que o pedal fica mais xoxo”, comenta. Roman também cita ruídos incomuns na hora da frenagem, que podem indicar um desgaste tão grande que a plaqueta do freio já pega no disco.
Nesse último caso, o desgaste na pastilha pode começar a afetar o próprio disco de freio. “Se chegar nesse ponto, vai danificar o disco e ter perda de eficiência, pois terá o contato de duas partes metálicas. Talvez seja necessário até substituir o disco”, ressalta. A troca do disco é necessária se a avaria for forte o suficiente para abrir sulcos muito profundos. Caso eles não sejam tão intensos, pode ser feita retificação, desde que não atinja a espessura mínima indicada pelo fabricante.
Na maioria dos veículos brasileiros só são encontradas pastilhas nas rodas dianteiras, que utilizam freio à disco, enquanto na traseira é usado o tambor. Mas mesmo nos carros que possuem disco nas quatro rodas o eixo da frente costuma ser mais utilizado na frenagem. “O traseiro é mais para a estabilização do veículo”, comenta Roman. Mas ele lembra que as montadoras costumam compensar isso ao instalar pastilhas menores nas rodas de trás, para que todas sejam trocadas ao mesmo tempo.
Para manter as pastilhas em boas condições e aumentar sua vida útil, algumas dicas podem ser seguidas. A primeira delas é usar peças indicadas pela montadora. Na hora de trocá-las, também é recomendado fazer a retificação dos discos de freio, para que as duas superfícies fiquem lisas. “Se tiver sulcos, pode gerar problemas na pastilha nova”, aponta Roman. Freadas bruscas constantes podem diminuir a vida útil das peças.
O recomendando é verificar a situação das pastilhas a cada 10 mil quilômetros.